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Arquitetos: Abin Design Studio
- Área: 380 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Edmund Sumner
Descrição enviada pela equipe de projeto. O cliente adquiriu um terreno em frente a sua residência, para utilizar como estacionamento de veículos. O escritório ADS foi contratado para projetar o novo volume, uma garagem e quartos de funcionários acima. Devido ao programa simples, o ADS convenceu o cliente a aproveitar esta oportunidade para fazer muito mais e pensar em como poderia retribuir à comunidade.
A Casa da Galeria foi então planejada com uma garagem no térreo e um espaço para atividades polivalentes no pavimento superior, que pode ser usado também pela vizinhança. De forma a maximizar a utilidade pública da construção, o seu desenho foi concebido de forma a se estender para a rua, tanto visualmente como fisicamente.
Como o intuito de apresentar uma nova expressão arquitetônica à comunidade, o volume foi inspirado nos templos terracota de Bengala. As paredes de alvenaria de tijolos à vista incrustadas com blocos de cerâmica definem o caráter do edifício, como uma expressão contemporânea da inspiração. Em colaboração com um ceramista, foram coletados blocos de cerâmica rejeitados, produzidos para uso industrial. Os tijolos terracota foram adquiridos em um campo de tijolos à beira do rio localizado nas proximidades, e então esses dois materiais foram combinados, usando o requinte local das construções de alvenaria.
O edifício foi projetado em um lote de 330 metros quadrados, para servir a comunidade local na região periurbana de Bansberia, Bengala Ocidental.
Inspirado pela forma como o edifício nascia, o cliente decidiu abdicar da sua exigência inicial de garagem no térreo e acolheu as sugestões de aproveitar o pavimento um como salão comunitário enquanto o nível superior abriga uma sala polivalente, uma sala de estar e uma despensa. A sala polivalente é usada principalmente para aulas e sessões de ioga para a comunidade local. À noite, esse espaço funciona como dormitório para os funcionários da casa principal. O cliente sente orgulho e alegria da propriedade, ao ver o espaço bem aproveitado.
Todos os anos, a comunidade realiza uma procissão festiva ao longo das ruelas estreitas e sinuosas do bairro, como parte de uma celebração cultural. Em contrapartida, a construção se direciona em direção à rua, com uma grande escadaria, configurando uma galeria para os espectadores se sentarem durante o evento. Através de um planejamento criterioso e do jogo de cheios e vazios, a área total da casa foi compartilhada com as pessoas do bairro, como um gesto humano de retribuir à comunidade local, sem prejudicar a privacidade e a segurança das funções internas.